Zanzibar

Hoje em dia, Zanzibar é um assunto que está na boca de todo mundo. Desde o seu impacto na sociedade até às suas implicações na economia global, Zanzibar captou a atenção tanto de especialistas como de cidadãos. Com inúmeras opiniões e análises que vão das mais técnicas às mais emocionais, não há dúvida de que Zanzibar se tornou um ponto de debate e reflexão para a sociedade atual. Neste artigo exploraremos as diferentes facetas de Zanzibar, examinando seus aspectos positivos e negativos, com o objetivo de fornecer uma visão completa e enriquecedora deste tema.

 Nota: Não confundir com República Popular de Zanzibar e Pemba.
Cidade de Pedra de Zanzibar 

O Palácio-museu na Cidade de Pedra de Zanzibar

Critérios (ii)(iii)(vi)
Referência 173 en fr es
Países Tanzânia
Coordenadas 6° 08′ S, 39° 19′ L
Histórico de inscrição
Inscrição 2000

Nome usado na lista do Património Mundial

Localização de Zanzibar, no leste da África

Zanzibar é uma região semiautônoma insular que se uniu a Tanganica em 1964 para formar a República Unida da Tanzânia. É um arquipélago localizado no oceano Índico, entre 25 e 50 km na costa leste do continente africano e consiste em várias ilhas pequenas e duas grandes: Unguja (a ilha principal, referida informalmente como Zanzibar) e Pemba, que estão separadas do continente pelo Canal de Zanzibar. A capital é a cidade de Zanzibar, localizada na ilha de Unguja. Seu centro histórico, Cidade de Pedra, é um Patrimônio Mundial.

Nome

O nome desta ilha é um bom exemplo da “arabização” da costa da África oriental: o seu nome em suaíli é Unguja, mas os árabes chamavam-lhe “Zanj-Bar”, que significa “costa dos Zanj” ou negros. Como este era um porto muito procurado, o lugar passou a ser conhecido na região por este nome arabizado, que mantém até hoje.

Especiarias

Zanzibar é um grande produtor de especiarias, incluindo o cravinho, a canela e pimenta.

História

Mapa da principal ilha de Zanzibar

Zanzibar e Pemba albergaram provavelmente as primeiras povoações muçulmanas da costa da África oriental: em Kizimkazi, na ilha de Zanzibar, há uma inscrição numa parede que afirma que o “Shaikh al-Sayis Abi Amran” ordenou a construção duma mesquita naquele lugar, “no primeiro dia do mês de Dhul-Qada do ano 500” (da Hégira), o que significa o dia 27 de Julho de 1107.

Monumento em memória dos escravos, em Zanzibar. Ali funcionou um dos últimos mercados árabes de escravos, até ser encerrado pelos britânicos em 1873.

Por essa altura, Zanzibar importava cerâmica do golfo Pérsico e rapidamente se tornaria uma base para mercadores árabes. O primeiro europeu a visitar a ilha foi Vasco da Gama, em 1499, acabando os portugueses por estabelecer aí um entreposto comercial e uma missão católica, dominando o território durante dois séculos. Em 1698, o sultanato de Omã tomou Zanzibar, que se tornou o entreposto comercial do oceano Índico Ocidental, vendendo escravos e marfim no mundo árabe, na Índia e através do Oceano Atlântico. Em 1841, o sultão Said Ibn (1805 - 1856) mudou a sua corte de Omã para Zanzibar. Em 1873, John Kirk, cônsul britânico entre 1866 e 1887, persuadiu o sultão a pôr fim ao tráfico de escravos. Entre 1890 e 1963, Zanzibar foi um protectorado britânico (exceto no período entre Novembro de 1914 e Setembro de 1918, quando foi ocupado pelos otomanos) .

Bandeira de Zanzibar

Zanzibar obteve a independência e tornou-se uma monarquia constitucional em 1963, mas o sultão foi deposto numa revolução e o país uniu-se ao Tanganica em 1964 para formar a Tanzânia. Apesar de fazer parte da Tanzânia, Zanzibar elege o seu próprio presidente, que funciona como chefe do governo da porção insular e uma assembleia denominada "Conselho Revolucionário".

Ver também

Referências

  1. Davidson, 1967 The Growth of African Civilization. East and Central Africa to the late Nineteenth Century. Longman. London
  2. «Cravo-da-Índia». www.copacabanarunners.net. Consultado em 26 de abril de 2021 
  3. Smith, David (26 de Agosto de 2010). «Zanzibar's slave market is a site made sacred by history - Stories of cruelty and suffering abound here, and still strike at the conscience». The Guardian 

Ligações externas