Neste artigo será abordado Ultrarromantismo com o objetivo de analisar sua importância e relevância na atualidade. Ultrarromantismo tem sido alvo de inúmeros estudos e debates ao longo dos anos, demonstrando o seu impacto em diversas áreas da sociedade. Da mesma forma, este tema tem suscitado opiniões conflitantes entre especialistas e especialistas, o que torna necessário aprofundá-lo e compreendê-lo. Através de uma análise detalhada, serão exploradas diferentes abordagens e perspetivas em torno de Ultrarromantismo, de forma a fornecer uma visão abrangente do seu significado e impacto no contexto atual.
O ultrarromantismo foi um movimento literário português e brasileiro que aconteceu na segunda metade do século XIX.
O ultrarromantismo desenvolveu-se mormente em torno da cidade do Porto e de Coimbra por escritores jovens, que viviam numa "geração perdida" que levara ao exagero as normas e ideais preconizadas pelo romantismo, nomeadamente a exaltação da subjectividade, do individualismo, do idealismo amoroso, da natureza e do mundo medieval.
Os ultrarromânticos geram correntes literárias de qualidade muito discutível, sendo algumas dela considerada como "romance de faca e alguidar", dada a sucessão de crimes sangrentos que invariavelmente descreviam e que os realistas vão caricaturar de forma feroz.
Todavia, existe literatura ultrarromântica de qualidade inquestionável. Além de João de Deus de Nogueira Ramos, são também autores ultrarromânticos Camilo Castelo Branco, Soares de Passos e Castilho. Em algumas obras de Almeida Garrett e de Alexandre Herculano é já possível detectar alguns traços de ultra-romantismo, apesar de serem dois dos introdutores do romantismo em Portugal.
Por outro lado Soares de Passos, uma figura bastante caricaturada pelos escritores realistas, considerado "um representante do ultrarromantismo piegas", foi autor de "Noivado do Sepulcro" (Poesias, 1855).
A chamada "geração ultrarromântica" ou "segunda geração" mudaria os rumos do Romantismo no Brasil. Valores como o nacionalismo e a valorização do índio como o herói nacional brasileiro, um tema constante na primeira geração romântica brasileira, estariam então quase, ou mesmo totalmente, ausentes. Esta nova geração, fortemente influenciada pelo romantismo alemão e pelas obras de Lord Byron e de Alfred de Musset, estaria enfocada em temas obscuros e macabros, tais como o pessimismo, o sobrenatural, satanismo, a ânsia pela morte, o passado e a infância, além do mal do século. O amor é fortemente idealizado, platônico e quase sempre não correspondido, além da presença de um forte egocentrismo e um sentimentalismo exacerbado na poesia, são claramente notados.