Energia potencial gravitacional

Neste artigo, exploraremos o fascinante mundo de Energia potencial gravitacional. Desde as suas origens até ao seu impacto na sociedade atual, Energia potencial gravitacional tem sido objeto de inúmeros estudos e debates ao longo dos anos. À medida que avançamos nesta análise aprofundada, descobriremos as muitas facetas que contribuíram para a proeminência de Energia potencial gravitacional em diferentes esferas, seja na cultura popular, na ciência, na política ou em qualquer outra esfera da vida quotidiana. Sem dúvida, Energia potencial gravitacional representa um tema altamente relevante que merece ser examinado sob diferentes perspectivas para compreender o seu verdadeiro alcance e importância no mundo moderno.

A força gravitacional mantém os planetas em órbita ao redor do sol.

A energia potencial gravitacional ou energia gravitacional é a energia potencial que um objeto massivo tem em relação a outro objeto massivo devido à gravidade. É a energia potencial associada ao campo gravitacional, que é parcialmente convertida em energia cinética quando os objetos caem uns contra os outros. A energia potencial gravitacional aumenta quando dois objetos são separados.

Para duas partículas pontuais que interagem em pares, a energia gravitacional é determinada pelas massas das partículas, sua separação e a constante gravitacional (G). Perto da superfície da Terra, o campo gravitacional é aproximadamente constante, e a energia potencial gravitacional de um objeto pode ser expressa por

.

Nessa expressão é a massa do objeto, é a gravidade da Terra e é a altura do centro de massa do objeto acima de um nível de referência escolhido.

Expressão genérica

Corpos pontuais

Sabe-se que o campo das forças gravitacionais entre dois corpos pontuais 1 e 2, cuja posição relativa e o vetor é:

onde G representa a constante de gravitação universal, m1 e m2 representam as massas em interação, representa o vetor que localiza uma das massas em relação à outra e representa o módulo (tamanho) do vetor , ou seja, a distância entre as massas.

Sendo o campo gravitacional um campo conservativo, é possível definir o seu potencial como uma função tal que:

Partindo da definição e operando em coordenadas cartesianas tem-se que:

Logo, a função potencial é:

Da expressão acima, é possível perceber que a energia potencial depende da distância entre os dois corpos sem contudo levar em consideração o vetor-posição de um em relação ao outro. Então pode ser escrita como:

Considerando que se saiba que o campo gravitacional é conservativo, também é possível determinar o potencial através da expressão:

cujo resultado é igual ao determinado anteriormente.

Corpos extensos

Para determinar-se a interação gravitacional entre corpos extensos é necessário proceder-se ao cálculo de um integral de volume sobre os dois corpos a fim de se determinar a soma das interações gravitacionais entre os infinitos diferenciais de massa nos quais se dividem os corpos. Tal cálculo é dependente da geometria dos corpos, podendo ser complexo em certos casos. Contudo Newton mostrou, com o uso do cálculo diferencial e integral, que pontos externos a uma esfera com distribuição simétrica de massa se encontram sujeitos a potenciais gravitacionais por ela determinados completamente análogos àqueles que seriam determinados por uma partícula pontual localizada no centro da esfera, desde que a essa partícula se associe uma massa igual à massa de toda a esfera original. Newton demonstrou também que a expressão geral acima é válida para corpos esféricos que apresentem distribuições de massa (densidades) com simetria esférica (formado por cascas homogêneas). Esta expressão pode assim, por exemplo, ser utilizada para aproximar com alta precisão a energia potencial armazenada no sistema Terra - Lua, sendo que a distância a considerar-se é, neste caso, a distância entre os centros dos astros em questão.

Mecânica newtoniana

Na mecânica clássica, duas ou mais massas sempre têm potencial gravitacional. A conservação da energia requer que a energia desse campo gravitacional seja sempre negativa, de modo que seja zero quando os objetos estão infinitamente distantes. A energia potencial gravitacional é a energia potencial que um objeto possui porque está dentro de um campo gravitacional.

A força entre uma massa pontual, , e outra massa pontual, , é dada pela lei da gravitação de Newton:

Para obter o trabalho total realizado por uma força externa para trazer a massa pontual do infinito para a distância final (por exemplo, o raio da Terra) dos dois pontos de massa, a força é integrada em relação ao deslocamento :

Como , o trabalho total realizado no objeto pode ser escrito como:

Relatividade geral

Na relatividade geral, a energia gravitacional é extremamente complexa e não há uma definição única do conceito. Às vezes, é modelado por meio do pseudotensor Landau-Lifshitz, que permite a retenção das leis de conservação de energia-momento da mecânica clássica.

A adição do tensor tensão-energia-momento da matéria ao pseudotensor Landau-Lifshitz resulta em uma matéria combinada mais pseudotensor de energia gravitacional que tem uma 4-divergência de desaparecimento em todos os quadros - garantindo a lei de conservação. Algumas pessoas objetam a esta derivação alegando que os pseudotensores são inadequados na relatividade geral, mas a divergência do pseudotensor de matéria combinada mais energia gravitacional é um tensor.

Aproximação para campo gravitacional uniforme

Considerando o campo gravitacional próximo da superfície da Terra como uniforme (assumindo as linhas de campo paralelas e a gravidade sendo constante em todos os pontos), define-se o campo das forças gravitacionais como sendo:

Partindo da definição de potencial, calcula-se o potencial, nesse caso, como sendo:

Ou seja, o potencial gravitacional pode ser calculado, nessa aproximação, pelo produto do peso (massa vezes gravidade) pela altura em que o corpo se encontra.

Nessa aproximação, válida para pequenas variações de altura em torno de um nível de referência, geralmente a superfície da Terra, usa-se necessariamente um determinado nível como referência, sendo comum adotar-se o nível mais baixo no problema como o ponto de energia potencial zero, o nível do solo, a exemplo. Sendo a energia potencial gravitacional uma grandeza escalar cujo valor depende do nível de referência escolhido, é possível que a energia potencial gravitacional seja negativa, marca atingida se o objeto encontrar-se abaixo do nível adotado como referência, a exemplo.

A expressão para campos uniformes anterior pode também ser deduzida da expressão geral fazendo-se uma expansão em série da mesma e retendo-se apenas o termo em primeira ordem na altura.

Ver também

Referências

  1. a b «Gravitational Potential Energy». hyperphysics.phy-astr.gsu.edu. Consultado em 22 Novembro 2020 
  2. For a demonstration of the negativity of gravitational energy, see Alan Guth, The Inflationary Universe: The Quest for a New Theory of Cosmic Origins (Random House, 1997), ISBN 0-224-04448-6, Appendix A—Gravitational Energy.
  3. Tsokos, K. A. (2010). Physics for the IB Diploma Full Colour revised ed. : Cambridge University Press. p. 143. ISBN 978-0-521-13821-5  Extract of page 143
  4. Lev Davidovich Landau & Evgeny Mikhailovich Lifshitz, The Classical Theory of Fields, (1951), Pergamon Press, ISBN 7-5062-4256-7