No mundo atual, Cícero Dantas é um tema que tem ganhado relevância em diversas áreas. O seu impacto tem sido sentido na sociedade, na economia, na política e na cultura. À medida que Cícero Dantas ganhou importância, tem havido debate, investigação e análise aprofundados sobre as suas implicações. A partir de diferentes perspectivas e disciplinas, procuram-se respostas, soluções e propostas para abordar esta questão de forma eficaz. Neste artigo, exploraremos várias facetas de Cícero Dantas, examinando sua influência no mundo contemporâneo e abrindo portas para reflexões e discussões sobre seu papel em nosso presente e futuro.
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Município do Brasil | |||
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Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | cícero-dantense | ||
Localização | |||
Localização de Cícero Dantas na Bahia | |||
Localização de Cícero Dantas no Brasil | |||
Mapa de Cícero Dantas | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Municípios limítrofes | Ribeira do Pombal, Banzaê, Heliópolis, Fátima, Sítio do Quinto, Euclides da Cunha e Antas | ||
Distância até a capital | 300 km | ||
História | |||
Fundação | 1812 (211–212 anos) | ||
Emancipação | 9 de junho de 1875 (148 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Ricardo Almeida Nunes da Silva (PP, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total | 819,969 km² | ||
• Área urbana (IBGE/2019) | 6,55 km² | ||
População total (Censo IBGE/2022) | 30 907 hab. | ||
Densidade | 37,7 hab./km² | ||
Clima | Tropical semiúmido e tropical semiárido | ||
Altitude | 420 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 48410-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010) | 0,585 — baixo | ||
PIB (IBGE/2016) | R$ 256 155 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2016) | R$ 7 407,38 | ||
Sítio | http://www.cicerodantas.ba.gov.br (Prefeitura) http://camaradecicerodantas.ba.gov.br (Câmara) |
Cícero Dantas é um município brasileiro do estado da Bahia, localizado no Nordeste do Estado, entre o Agreste e o Sertão.
A região de Cícero Dantas, que teve como primeiros habitantes os indígenas quiriris, foi colonizada nos séculos XVII e XVIII, por meio da pecuária, realizada por vaqueiros da Casa da Torre.
Em 1812, atendendo a ordens do Arcebispo da Bahia, o religioso capuchinho italiano Frei Apolônio de Todi ergueu, nas proximidades de um antigo cemitério conhecido como Cacuneia, uma capela em louvor a Nossa Senhora do Bom Conselho, em cujos arredores se formou o povoado de Bom Conselho (atual cidade de Cícero Dantas), que rapidamente se desenvolveu, graças às terras férteis.
Por meio de Alvará Régio de 27 de setembro de 1817, o povoado de Bom Conselho foi elevado à categoria de freguesia, com o nome de Nossa Senhora do Bom Conselho dos Montes do Boqueirão, subordinada à vila de Itapicuru de Cima. Com a emancipação da vila de Geremoabo, em 1831, esta levou consigo a Freguesia de Nossa Senhora do Bom Conselho dos Montes do Boqueirão.
A Lei provincial nº 1.518, de 9 de junho de 1875, desmembrou de Geremoabo as Freguesias de Nossa Senhora do Bom Conselho dos Montes do Boqueirão e Patrocínio do Coité para compor o território da nova vila de Bom Conselho, sediada no povoado de Bom Conselho e instalada em 28 de março do ano seguinte. Em 1886, Bom Conselho sofreu sua primeira perda territorial, para a criação da vila de Patrocínio do Coité (atual Paripiranga).
Em 1893, Bom Conselho foi visitada pelo líder messiânico Antônio Conselheiro e, por estar indignado com o aumento de impostos após a Proclamação da República (1889), ele ordenou a retirada e queima dos papéis que continham as orientações para o pagamento dos tributos.
Por meio da Lei estadual nº 583, de 30 de maio de 1905, Bom Conselho teve seu nome alterado para Cícero Dantas, em homenagem a Cícero Dantas Martins, o Barão de Jeremoabo, advogado, latifundiário e importante figura política da região.
Em 26 de junho de 1926, os revoltosos da Coluna Prestes passaram por Cícero Dantas.
Durante os tempos do Cangaço, esse movimento este presente em Cícero Dantas. Em dezembro de 1928, Lampião e seu bando, enquanto estavam em Tucano, obrigaram o padre da cidade a dar o seu carro com o motorista e conduzi-los a Cícero Dantas, trazendo como refém um soldado de Ribeira do Pombal, já rouco de tanto gritar: “Viva Lampião! Viva o Capitão Virgulino!”, e chegando na manhã de 17 de dezembro sem a população esperar, deixando-a na tarde do mesmo dia, com a promessa de voltarem um dia. Lampião e seu bando voltaram pela segunda vez a Cícero Dantas em 18 de fevereiro de 1929, momento em que a população da cidade fugiu para a mata, e pela terceira vez em 1933, vindos de Massacará, e dessa vez, quando chegaram em Buracos (atual São João da Fortaleza), queimaram uma casa, cortaram a orelha do senhor Manoel Pato, maltrataram sua esposa e irmão e logo depois mataram dois desconhecidos.
Por meio dos Decretos estaduais nº 7.455, de 23 de junho de 1931, e 7.479, de 8 de julho do mesmo ano, o município de Cícero Dantas foi extinto e incorporado a Paripiranga como um simples distrito, recuperando sua autonomia por meio do Decreto n.º 8.447, de 27 de maio de 1933, sendo reinstalado em 24 de junho do mesmo ano.
Nas décadas de 1940 e 1950, Cícero Dantas viveu grandes transformações sociais, com a construção de uma rodovia ligando Paulo Afonso a Salvador passando pela cidade, a chegada da eletricidade no município e a construção do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso nas proximidades.
Após sua segunda emancipação, Cícero Dantas perdeu território para a criação dos municípios de Antas (1953) e Fátima (1985).
Construído o povoado pelos idos de 1880, tendo os primeiros moradores Roberto Pereira Lima e Joaquim Felipe Santiago. Já possuiu os nomes de Serra do Meio e Buracos e hoje seu nome é São João da Fortaleza ou Fortaleza de São João. Um penitente chamado Francisco Penteado foi quem ergueu a capela dedicada ao São João Batista. O distrito esta a oeste do município (30 km da sede), cortado pela BA-220 (não pavimentada) e é cercado por diversos tabuleiros, que dão uma beleza especial ao local. Possui uma rica cultura, com as tradições da Semana Santa, São João e a Festa dos Velhos e teve dois momentos históricos com a passagem de Antônio Conselheiro e Lampião.
O distrito está a leste do município, limitando-se com Adustina e sendo cortado pela BA-392 (não pavimentada). Possui grande destaque na produção de grãos, como milho e feijão. Antiga localidade chamada de Alegres, o povoado surgiu em junho de 1938, quando o Sr. Santo Desidero doou parte de suas terras para a construção de moradias. Os primeiros moradores da povoação foram os senhores Marcolino, Antônio de Cirino, João de Badé, Faustino e Santo de Isidoro, e suas respectivas famílias. Com o seu rápido crescimento o povoado ganhou o nome de Caxias, em homenagem ao Duque de Caxias. No ano de 1970, é concluída a reforma da igreja dedicada a Nossa Senhora Aparecida, cuja imagem instalada no altar-mor foi trazida pelo seminarista Francisco Maroto em 1947, vinda da capital, Salvador.
A Trindade foi uma das inúmeras fazendas de propriedade da Casa da Torre, sendo arrendada em 12 de dezembro de 1821 por Marcelino de Almeida Soares. As famílias Nascimento, Coutinho, Ribeiro e Barbosa foram as primeiras a fixarem residência no local, desde os anos 1830. O surgimento do povoado se dá em 1942, com a chegada de José Rodrigues de Oliveira, José Arcanjo de Carvalho e Pedro Mateus da Silva, ambos atraídos pela abertura da nova rodagem. Em 1949, foi construída a primeira igreja, sendo Nossa Senhora do Carmo sua padroeira. Foi o primeiro povoado a introduzir a energia elétrica, em dezembro de 1969, por intermédio de Manoel Vieira de Andrade e Antônio Ferreira de Oliveira Brito. O distrito é o mais próximo povoado da sede, com uma distancia de 7 km, margeando a BR-110.
Ano | Párocos |
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1817-1823 | Capelão Manoel de Barros |
1823-1835 | Vigário José Zacarias de Souza |
1835-1836 | Vigário Antônio José do Rosário |
1836-1884 | Cônego Caetano Dias da Silva |
1883-1933 | Vigário Vicente José Martins |
1933-1936 | Monsenhor José Magalhães e Souza |
1936-1936 | Cônego José Alves Soares França |
1936-1937 | Padre Leonel Guimarães |
1937-1938 | Monsenhor José Magalhães e Souza |
1938-1943 | Padre Justiniano dos Santos Costa |
1943-1945 | Monsenhor José Magalhães e Souza |
1945-1962 | Monsenhor Renato de Andrade Galvão |
1962-1964 | Padre Epifânio da Costa Borges |
1964-2007 | Monsenhor José Elias Ferreira |
2007-2012 | Pároco Aldo Alves Pimentel |
2012-2015 | Pároco Adilson Machado |
2015-2023 | Pároco Evanilson de Mendonça |
2023 | Pároco Paulo Menezes de Jesus |
Ano | Prefeito |
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1930 a 1933 | Augusto Correia de Souza |
1933 a 1936 | Jovelino Pereira dos Santos |
1936 a 1941 | Raimundo Nonato de Andrade |
1942 a 1945 | Roldão de Souza Pimentel |
1946 a 1947 | Benigno Gonçalves Carregosa |
1947 a 1950 | João Pereira dos Santos |
1951 a 1954 | Abelardo Vieira de Andrade |
1955 a 1958 | João Batista de Andrade Souza |
1959 a 1962 | Abelardo Vieira de Andrade |
1963 a abril de 1965 | Renato de Andrade Galvão (Renunciou o cargo de Prefeito Municipal em 7 de abril de 1965) |
De 08 de abril de1965 a 1966 | José de Figueiredo |
1967 a 1970 | João de Souza Gouveia |
1971 a 1972 | Abelardo Vieira de Andrade |
1973 a 1976 | Luis Fernando de Andrade Carvalho |
1977 a 1982 | Antônio Hélio Vieira Gonçalves |
1983 a 1988 | Luis Fernando de Andrade Carvalho |
1989 até 12 de dezembro de 1990 | Zelito Ribeiro da Silva (tendo sido afastado do cargo por cassação do mandato pelo Poder Legislativo Municipal) |
De 12 de dezembro de 1990 a 1992 | Antonio Pereira Filho (assumiu o mandato na condição de Vice-prefeito
Municipal decorrente da cassação do mandato do Prefeito Titular) |
1993 a 1996 | José Hércules Dantas de Carvalho |
1997 a 2000 | Arlete Bittencourt de Castro Silva |
2001 a 30 de dezembro de 2003 | Arlete Bittencourt de Castro Silva (tendo sido afastada do cargo por cassação do mandato pelo Poder Legislativo Municipal) |
De 31 de dezembro de 2003 a 2004 | José Erismar de Oliveira (assumiu o mandato na condição de Presidente do Poder Legislativo Municipal decorrente da cassação do mandato da
Prefeita titular e vagância do cargo de Vice-prefeito) |
2005 a 2008 | José Weldon de Carvalho Santana |
2009 a 2012 | José Weldon de Carvalho Santana |
2013 a 2016 | Helânio Calazans de Oliveira |
2017 a 2020 | Ricardo Almeida Nunes da Silva |
2021 a 2024 | Ricardo Almeida Nunes da Silva |
O município baiano de Cícero Dantas, localizado no nordeste da Bahia, é membro da Microrregião de Ribeira do Pombal, limitando-se a leste com o município de Fátima, a sul com Heliópolis, Ribeira do Pombal e Banzaê, a oeste com Euclides da Cunha e a norte com Novo Triunfo e Antas. Cortado pela rodovia BR-110, está localizado a aproximadamente 70 km da divisa com o estado de Sergipe.
O acesso, a partir de Salvador, é efetuado pelas rodovias pavimentadas BR-324, BR-116, BR- 410 e BR-110 num percurso total de 302 km. O município é caracterizado como o segundo maior eixo rodoviário da Bahia (Feira de Santana é o primeiro), unindo a região ao estado de Sergipe, que influencia tanto quanto a capital do estado, Salvador.
O município está inserido no Polígono das Secas, apresentando um clima do tipo megatérmico seco a subúmido e semiárido, com temperatura média anual de 23,4°C, precipitação pluviométrica média no ano de 889 mm e período chuvoso de maio a julho. É zona de transição entre o Agreste e o Sertão, notabilizando distritos com características de vegetação e clima dessemelhantes: o distrito de Caxias guarda mais semelhanças com o Agreste, enquanto que o distrito de São João de Fortaleza com o Sertão.
A rede de drenagem local é relativamente escassa. Apresenta uma distribuição retangular, característica de regiões sedimentares. É caracterizada por rios intermitentes, tendo como representantes principais os riachos da Betânia, da Nação, Baixa do Estrelo, Sacos Negros, Baixa do Tubarão e Quingomes. A área do município está inserida na bacia hidrográfica do rio Real. As características geológicas, descritas anteriormente, são desfavoráveis à acumulação de água em reservatórios superficiais (açudes, barreiros, etc.), em virtude do alto grau de infiltração das rochas, que torna essa região uma boa área de recarga dos aquíferos da bacia sedimentar de Tucano.
O relevo, esculpido em rochas sedimentares da Bacia do Tucano, corresponde tabuleiros dissecados por drenagem relacionada à bacia hidrográfica do rio Vaza-Barris.
Os Montes do Boqueirão, são duas serras que se encontram com a distância aproximada de 350 metros uma da outra e com a altura de 130 metros, cada uma, localizando-se a noroeste da cidade a 06 km da Igreja Matriz da cidade.
Possui um clima semiárido e vegetação constituída especialmente de espécies lenhosas e herbáceas, de pequeno porte, geralmente dotadas de espinhos sendo na maioria das vezes, caducifólias perdendo suas folhas no início da estação seca, e de cactáceas e bromeliáceas. Alguns exemplares de vegetação de grande e médio porte são encontrados, mas as plantas mais abundantes são: A catingueira, as juremas e os marmeleiros.
O município está totalmente inserido na bacia sedimentar de Tucano (Mesozóico) e sua geologia engloba litótipos do grupo Massacará e formação Marizal.
Solos dos tipos alissolo, luvissolo, neossolo, planossolo salódico eutrófico e latossolo vermelho-amarelo distrófico sustentam a vegetação nativa caracterizada por contato cerrado-caatinga-floresta estacional, contato caatinga-floresta estacional e contato cerrado-Caatinga. Parte da vegetação nativa foi substituída por pastos e culturas cíclicas.